Em busca de criar um projeto de controle populacional de cães abandonados nas ruas, está sendo implantada uma iniciativa que irá interferir na prevenção e controle de zoonoses em Fernandes Pinheiro. A ação ocorre através de uma parceria entre as Secretarias Municipais de Agricultura e Meio Ambiente, e de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária; e da Secretaria de Estado de Saúde através do VigiaSus  - que encaminha o recurso.

O secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Ricardo Meira, explica que será determinado um número especifico mensal de animais que passarão por cirurgia de castração. "Os procedimentos serão realizados em uma clínica veterinária, que ainda será contratada por meio licitatório", relata.

Meira fala que os animais serão previamente selecionados pela equipe de Vigilância Sanitária, que já conhece os pontos críticos, onde há animais abandonados nas ruas e os que são de estimação de famílias carentes, que também serão atendidos pelo projeto. 

O responsável pela Vigilância Sanitária em Fernandes Pinheiro, Nilson Zenidin, conta que a cidade será dividida em regiões. "O controle será feito por meio de castração e de aplicação de medicamento, tanto em fêmeas quanto em machos. Primeiramente, será feito apenas em cães, mas a expectativa é no futuro também atender gatos", fala Zenidin.

A sede de Fernandes Pinheiro foi dividida em sete áreas, além das comunidades rurais. A estimativa é que existam em todo município cerca de três mil animais que se enquadram no público alvo do projeto. "Como tem casa que não tem nenhum animal, tem casas que tem 10, 11 cães. Em uma rua que fiz o cadastramento das 18 casas havia 42 animais", expõe o responsável pela Vigilância. 

O repasse de R$ 30 mil pelo VigiaSus já está na conta do Município, que deve encaminhar nos próximos dias, um projeto de lei para aprovação da iniciativa pela Câmara de Vereadores de Fernandes Pinheiro. "A expectativa é que dentro de 30 dias, o projeto já esteja sendo executado no Município", relata o secretário.

Outra situação repassada por Meira é de que será criada uma página em rede social como forma de estimular a adoção dos animais abandonados. "Eles precisam de uma lar, de cuidados contínuos. Ficar na rua não é o lugar adequado. Muitas pessoas aqui cuidam dos animais que moram na rua, mas o ideal é que eles tenham um lar", frisa o secretário. 

A questão do controle de zoonoses também é ressaltada pelo responsável pela Vigilância Sanitária. "Com isso também conseguiremos fazer um mapeamento e acompanhamento desses animais, e de possíveis doenças transmissíveis. Por mais que não tenhamos nenhum registro no município de transmissão de doença de cães e gatos para humanos, é sempre necessário estar em alerta", cita o Zenidin.

Adriana Souza/Folha de Irati